Hoje sinto-me assim...

Arquitectura móvel

Efémera. É esta a característica da sociedade e do dia-a-dia actual que, a meu ver, torna o conceito de habitação móvel tão importante de ser analisado e desenvolvido.
Com a globalização encurtaram-se distâncias e aumentaram-se ritmos, as pessoas não fazem a mesma coisa em termos profissionais durante toda a vida e a mudança constante de profissão pode trazer consigo a mudança constante de cidade e até de país.
É nesse contexto global de curtas distâncias de tempo e forte aumento de ritmos que se acaba por perder o conceito até hoje existente de “lar”, de “a minha casa”, “a minha terra”, “as minhas paisagens”. A habitação móvel é algo que poderá acompanhar as transformações de Mundo actual e, mais importante que isso, transformar ela própria o espaço urbano onde for inserida.
Como algo efémero em determinado local este tipo de habitação poder-se-á transformar no futuro, relativamente ao seu proprietário, o seu verdadeiro “lar”, o seu espaço privado e guardador de memórias que o acompanha pela itinerante vida de trabalho e relações pouco duradouras com as pessoas, climas e espaços das cidades por onde o próprio deambulará na sua vida profissional. A habitação móvel será assim o pedaço de vida e de memórias, o espaço com cunho pessoal que acompanhará na longa viagem da sua vida, sendo uma presença mais consoladora e confortável comparativamente a constantes mudanças, compras e vendas de casas sempre que se muda de local e cidade de trabalho.
Para quê guardar memórias vividas quando se muda de habitação se agora elas estão sempre presentes em todos os cantos da nossa casa que nos acompanha para todo o lado?...

BOM FIM DE SEMANA

AINDA BEM QUE NASCI EM 1984...
ESSE LINDO FACTO FEZ COM QUE NÃO
TENHA QUASE MEMÓRIAS DOS ANOS 80

E GRAÇAS A DEUS!

Desta é que eu não estava à espera...

A ser verdade só tenho uma coisa a dizer...mau de mais.

http://denunciarabrunhosa.blogspot.com/

DEMO(NIO)CRACIA

Vi o filme inteiro da execução de Saddam Hussein na net. Já o tinha visto quando os telejornais passaram um excerto do mesmo. É assim que pretendem instalar uma Democracia num país? O caso não é único, é até bastante comum. A Democracia matou tanta gente como a Ditadura, desde as ruas de Atenas ao julgamento de Nuremberga, passando pelo Senado Romano e acabando agora com este triste filme. Na verdade a Democracia nunca se importou de sujar as suas mãos de sangue para continuar vigente e o que mais me intriga é se quem por ela zela e com ela se impõe não pensa duas vezes até descobrir que lhe pode acontecer o mesmo.

Os nazis foram condenados à morte por crimes contra a Humanidade, mas nunca vi Russos, Ingleses ou Americanos o terem sido pelas mortes de inocentes que também causaram. Deve ser por agora vivermos todos em Democracia...mas aqueles que pela Democracia foram condenados poderão um dia ver a sua justiça feita. É que se há o azar de as Ditaduras tomarem novo fôlego por esse Mundo fora o mais certo é estes pagarem na mesma moeda, condenando os democratas à morte. E aí, quem tiver trabalhado sob uma lei vigente e aplicado essa mesma lei terá tanta legitimidade de ser executado como aqueles que o foram por aplicarem as leis de um sistema vigente no seu país em determinada altura, mesmo que fosse ditatorial.

Sinceramente não me parece nada democrático que o primeiro gesto depois de se instalar uma Democracia seja o de eliminar quem tem os ideais políticos contrários...certo? Ora se queremos instalar uma democracia vamos começar logo por fazer o contrário ao seu principal princípio e esquecer a liberdade de expressão, de pensamento e de crença política?É esta democracia que eu não entendo. A democracia que diz que mostrar e ostentar símbolos de extrema-direita é crime mas que permite que qualquer partido comunista, responsável por anos de atrocidades no leste europeu, exponha as suas bandeiras ao vento onde bem entende. Esta mesma democracia onde vivemos e que se preocupa muito com os ajuntamentos de apoiantes de extrema-direita e que obriga os cidadãos portugueses a verem os estragos da comunidade brasileira na Costa da Caparica em 2002 quando o Brasil foi campeão do Mundo ou que nos deixa assistir incrédulos à destruição de meio estádio de Alvalade por parte dos angolanos que não gostaram que a sua selecção estivesse a levar uma daquelas cabazadas à antiga num jogo amigável...eram golos que entravam nas balizas, não balas do ultramar que entravam na carne. E se algum ressentimento há, nunca se esqueçam que este foi o primeiro país do Mundo a abolir a escravatura quando era esse o sistema vigente no Mundo dessa época.

Por isso, vamos lá a ser democráticos.