Morte anunciada

Às vezes ponho-me a pensar na relatividade de tudo e todos...e hoje cheguei à conclusão que trocava a eternidade no paraíso pela veracidade daquela teoria que diz que, quando morremos e a alma abandona o corpo, conseguimos ver este estendido e reconhecemo-nos a nós próprios.
A minha troca é simples mas só faria sentido se tivesse uma morte anunciada numa cama de hospital ou no leito onde todos os dias durmo...é que enquanto vivo vejo-me rodeado de todo o tipo de pessoas, mas nessa morte anunciada, quando a alma decidisse abandonar o corpo, conseguiria ver realmente quem lá estaria e dessas pessoas quais as que realmente sentiriam a minha partida.

Acho que a minha alma partiria muito mais feliz por ver que alguém gostara de mim, mesmo que fosse a caminho do inferno, do que se partisse em direcção ao paraíso com o choro nos olhos de quem parte sem deixar saudade...como quando se apanha um autocarro para longe e vemos toda a gente cá dentro a fazer adeus a alguém lá fora...e nós sozinhos, resumidos a um aguardar de fones nos ouvidos pelo arranque do motor, tentando imaginar que alguém se foi despedir ou nos irá receber...mas sabendo no fundo que faremos esta viajem sozinhos.

...agora sim tenho uma música mais à minha imagem!...

Porque faz 15 anos esta madrugada...

COMO UMA DOENÇA SILÊNCIOSA...

Poderemos nós transformar-nos do dia para a noite?...

DEATH ON TWO LEGS

Doença maligna
Sem cura, sem atenuante
Doença maligna
Corróis-me o semblante

Doença maligna
Como um cancro de investidas
Ninguém imagina
O quanto me tiras

Consomes o bem
Livras-me do mal
Doença maligna…
O que me queres afinal?

Doença maligna
Fazes parte de mim
Recuas e avanças
Neste tratamento sem fim

Tenho-te espalhada
No sangue, na mente…
Esta doença maligna
Que às vezes me deixa contente

DESISTO

Sinto-me um barco à deriva na tempestade
Procuro bom porto para me abrigar
Levo pancada de ondas com maldade
Levo pancada de pessoas que me deveriam amar

A água gélida que me açoita
Não é mais que desilusões de quem se ilude…
Sinto-me sozinho de tão rodeado
Permaneço num canto abandonado

Sinto-me um barco que não vê referências
Que não vê as estrelas nem os faróis…
Que não vê baços nem transparências…
Que ouve a tua voz no nevoeiro…sem conseguir saber quem sois…

Estou à deriva no mar
Estou à deriva em terra…
Desaprendi de lutar…
De lutar nesta guerra…

Sinto-me invisível…
E sem forças para continuar

Adeus terra e mar…
Não consigo batalhar…
Adeus terra e mar…
Vou para o céu pôr-me a olhar.

Aquelas chatices que inventam...

Fui apanhado numa daquelas estúpidas correntes, e como esta até tem regulamento, vou passar a ser odiado por 5 bloguistas que nela envolverei...lol!

Então é assim:

"Cada bloguista participante tem de enunciar 5 manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher 5 outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do "recrutamento". Cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blogue. "

E as 5 novas pessoas a quem eu passo a batata quente e que me terão como odiosinho de estimação (pelo menos durante os minutos que perderem com esta coisa) são:

- O meu amigo VISCONDE ( porque é o bloguista que vive mais perto de mim...lol )
- A caríssima JOMAOLME ( porque tem mesmo ar de quem se passa com estas cenas!)
- A recentemente por mim descoberta ENFIM ( porque quero saber uns segredos para o bom-humor)
- A Zélia ( porque é muito amiga da Jomaolme e vice-versa, o que vai dar um jeitão para se saber se as cinco coisas que ambas dirão são verdade ou mentira...=p)
- E a introspectiva DREAMS ( porque quero saber para além do pessoal que cada poema deixa transparecer)

Agora que fomentei a minha relação com estas cinco pessoas ( ahahhahaha) lá vou ter de cumprir com o que interessa no jogo...

1- Tenho a mania de olhar vezes sem conta para o relógio, facto que me leva a fazer figuras tristes como ontem, em que me esqueci do relógio em casa e passei todo o dia a olhar para o pulso despido de qualquer aparelho a tentar saber as horas...há quem já ache que contando os meus pelos do braço consigo dar as horas certas com aproximação à milésima de segundo...

2- Tenho a mania de quando estou a ver um jogo no estádio me levantar da cadeira e dizer mal do árbitro, mesmo que tenha visto logo à primeira que se calhar até fomos benificiados e que o jogador da minha equipa podia ter sido expulso.

3- O meu estranho hábito de que, para tomar café tenho de ter tabaco porque se não já não considero café...aliás, frequentemente tomo cafés a 3 euros e 30 cêntimos, porque o que me faz mesmo falta e o que me apetece mesmo mesmo é cafeina mas esta não me sabe a nada sem a nicotina e pumba...senhor Anibal, é um café e um camel se faz favor...

4- Ok...com este vão achar-me maluco...mas é verdade...meti na cabeça que a bebida puxa o tabaco e que o tabaco puxa a bebida...agora, seja qual for o ocasião, a verdade é que por cada imperial que bebo fumo dois cigarros...acho que inventei uma óptima fórmula, com medidas reais, para o prazer...

5- Ah! Esta é muito gira...a minha casa de banho é um observatório de vida selvagem.
Isto porque, em vez do comum dos mortais que lê enquanto descança as nádegas na sanita, eu fascino-me ao ver o modo como cada formiga cumprimenta sem excepção qualquer outra que se lhe cruze no caminho (rebordo da minha banheira) dispensando-lhe um ou dois segunditos da sua viagem. Não sei o que dizem, mas que tocam com as antenas umas na outras, lá isso tocam!

VAZIO

Tenho medo de algumas coisas.
Mas nada me assusta como vir sozinho no carro aqueles 40 kms que separam a minha casa da minha faculdade...à noite...com poucas ou nenhumas horas dormidas...com fila ou sem fila...com o asfalto ainda menos escuro que o breu envolvente da estrada...e apanhar-me a falar com a força do hábito ou a gritante voz da necessidade de contar...de contar como foi o dia...como estou...como estive...nada me assusta mais como assustado fico quando no meio da fantástica novidade de uma nova vida, apanho as coisas mais banais a falarem mais alto e a incomodarem-me...como nunca...e vir sozinho...como desaprendi de vir sozinho...

Ponho o carro, tiro o carro, à hora que eu quiser...

Gosto de escrever...mas detesto ler.
Gosto de escrever prosa e principalmente poesia (pelo menos tento)...mas não tenho paciência para ler.
Gosto de a ouvir declamada, a poesia, por quem a sabe declamar.
Enfim...estou numa de festa e que o fim de semana vai ser engraçado (espero bem que essa festa do Pinheiro Bravo na Aroeira corra bem Tochan, porque eu não fui à adega por causa de uma festinha sem sal!), por isso, aqui vão uns versos daqueles para descontrair e com alguma piada...ah! E BOM FIM DE SEMANA!

Um Raio não doi como um Corisco

Que preço tenho a pagar por momentos felizes se a dor desse preço é maior do que dizes?
Que erros tenho de cometer até finalmente aprender?
Que sina é a minha de me magoar onde deveria adorar?
Ou que ironia é esta de, por cada festa no cabelo, receber um murro no estômago…sem agravo…sem apelo…
Que vida é esta de aprender até morrer…se errar é aprender…se errar é sofrer…terei eu de sofrer até morrer e só aprender quando padecer?...

MOONSPELL GANHA!

Ganharam!Ganharam! EH EHE HEHEHHEHE!
Valeu a pena ter votado muitas vezes! Foram os Moonspell que hoje à noite em Copenhaga ganharam o "best portuguese act"!
Os rapazinhos são mais reconhecidos lá fora que cá dentro, e não fora a votação ser por toda a Europa e tinha ganho p`raí o rapazinho do gueto...dass!
Enfim...fez-se justiça à segunda banda de Heavy Metal na história a entrar directamente para o 1º lugar do top português, depois dos Metallica.