VEJO-VOS
Sinto-me observado no cadafalso
Olhos miram esperando o som do tambor
Ao fundo um fraque com laço
Grita “matem já sem amor”!
Estou no centro de uma praça
Mas ainda mais no centro do maldizer
Sinto aproximar-se a desgraça
Apontam os dedos para o que vai morrer
Chamam-me coisas que não sou
Dizem coisas que não fiz
Alguém decidiu para onde vou
O porquê? Ninguém me diz…
O carrasco aproxima-se
Passos pesados no estrado
O pó das tábuas eleva-se
O assunto está arrumado
O tambor toca e embala
Toca um rufo para parar
A corda estica-se à velocidade d`uma bala
A espinha verga até quebrar
Ecoam palmas no recinto
Como se o palco fosse de teatro
Recolhem o corpo que já não sinto
Metem-no numa vala com outros quatro
Gente como eu não merece
Nem uma lápide a assinalar
Mas um condenado nunca esquece
Quem o apontou para finar
A lápide de pedra fria
Assinala o gelo do corpo a apodrecer
O meu sepulcro arde de dia
Com raiva de quem ri com o meu desaparecer
Afinal não quero talhão nem cova
Não quero mármore branco do mais pobre
Deixem-me ficar onde ninguém me estorva
Deixem-me ser poeira do céu que vos cobre
Olhos miram esperando o som do tambor
Ao fundo um fraque com laço
Grita “matem já sem amor”!
Estou no centro de uma praça
Mas ainda mais no centro do maldizer
Sinto aproximar-se a desgraça
Apontam os dedos para o que vai morrer
Chamam-me coisas que não sou
Dizem coisas que não fiz
Alguém decidiu para onde vou
O porquê? Ninguém me diz…
O carrasco aproxima-se
Passos pesados no estrado
O pó das tábuas eleva-se
O assunto está arrumado
O tambor toca e embala
Toca um rufo para parar
A corda estica-se à velocidade d`uma bala
A espinha verga até quebrar
Ecoam palmas no recinto
Como se o palco fosse de teatro
Recolhem o corpo que já não sinto
Metem-no numa vala com outros quatro
Gente como eu não merece
Nem uma lápide a assinalar
Mas um condenado nunca esquece
Quem o apontou para finar
A lápide de pedra fria
Assinala o gelo do corpo a apodrecer
O meu sepulcro arde de dia
Com raiva de quem ri com o meu desaparecer
Afinal não quero talhão nem cova
Não quero mármore branco do mais pobre
Deixem-me ficar onde ninguém me estorva
Deixem-me ser poeira do céu que vos cobre
10 Comments:
clap clap clap, não sei sinceramente o que mais dizer...
Mt bom...
Mas, q tema tão esquesito...
foi escrito há coisa de 3 semanas...relacionas c alguma coisa?é isso...lol
o tema é claramente a injustiça, mas tb alivio ao ser pó do céu k cobre o mundo onde alguns habitam...é por aí...
Em tom de brincadeira, até porque sou benfiquista, gostei do que li e ainda por cima escrito por um lagarto (estou a brincar).
looooooooool!obrigado nuno
Se nos vês amigo, é bom sinal ... não tens falta de vista !!! Eh eh eh. Agora mais a sério, tá muito bonito, parabéns !!!
Abraço
fiquei completamente arrepiada ao ler este poema... a descrição em verso do sentimento que invade um condenado, um inocente...
nem sei o que dizer...
obrigado...mas isto ñ era para arrepiar! contudo, despontar sensações c o k se escreve é smp bom.
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